Denise Maria dos Santos Butruille, 22 anos.
Profissão:
Estudante de ciência contábeis na UNB e formada em Relações
Internacionais pela
UCB.
O
que pretende: Ser funcionária pública.
Países
que conhece: Inglaterra e França.
Neste
relato contarei sobre o intercâmbio que fiz na França, mais especificamente em
Paris, durante seis meses. Foi uma experiência incrível, aprendi muitas coisas
e amadureci bastante no tempo em que estive lá. Para quem deseja ir à França,
eu aconselho visitar o interior do país, em especial a região do Vale do
Loire, que é linda.
Em Paris existem muitos
pontos turísticos famosos, como o Louvre, a Torre Eiffel, o Arco
do Triunfo, o Museu D'orsay, o Montmartre, a Igreja de
Notre Dame e a Opera, que são interessantes para ir. Fora desses
locais, indico o Museu Rodin e o Jardin de Luxemburg, fazer um
tour no Bateau Mouche e caminhar na orla do Rio Sena. Em diversos
pontos é possível encontrar feirinhas, restaurantes, intervenções artísticas,
lugar de jogos, etc. A vida noturna parisiense é um pouco parada e eu não
fui a muitos locais badalados, mas tem vários cafés na cidade, na Champs
Ellysee tem baladas famosas, e na rua St. Denis tem muitos bares
legais.
Durante o dia também é possível fazer vários
passeios. Um bom local é o Bateau Mouche, passear na Orla
do Sena, fazer piquenique nos jardins e comer em cafés.
A culinária francesa é muito famosa por sua
sofisticação. Os franceses em geral, comem muita batata, melão, pão, queijo,
geleia e carnes exóticas, como coelho, pato, quiche, mexilhões, patê de fígado
de pato, patês derivados de porco, dentre outros. Uma curiosidade cultural
a respeito dos franceses é a pouca preocupação que eles tem com a limpeza. Não
que sejam pouco asseados, mas de fato eles não ligam em beber água da torneira,
pegar uma louça mal lavada da lavadora de louça, usar a mesma roupa por alguns
dias, entre outros costumes.
Quem
deseja ir a Paris, fiz uma lista com diversas recomendações que podem ser úteis
a vários turistas:
* Compras
- lembrancinhas:
aconselho o Montmartre e a rua St. Denis, que fica próximo
a Igreja de Notre Dame; roupas de brechó: sugiro o Marais,
lá tem vários e vivem lotados (eu gostava de um chamado Free'p'star, que fica
no número 61 da rue de la Verrerie, 75004 Paris, e na 8 rue
Sainte-croix de la Bretonnerie 75004 Paris); roupas no geral:
os principais pontos são a Galerie Lafayette, o Bon Marche e a Printemps,
porém as lojas que estão nessas galerias costumam ser muito caras ou estarem
lotadas, por isso aconselho o Boulevard Raspail, lá tem várias lojas e
costuma estar mais vazio (para chegar é só descer na estação Raspail ou Montmartre
Bienvenue); outlets: em Paris tem muitas, mas perto da Disney Paris
tem um local onde se encontram várias; perfumes e cosméticos: podem ser
encontrados nas galerias citadas acima, mas costumam ser vendidos a preços mais
altos. Por isso, sugiro a Sephora ou numa loja chamada Le Parfum de
l’Opera (3 rue Helder 75009 Paris – metro Opera), eles vendem
a preço de Dutty Free e muitas atendentes falam português; utilidades:
a “25 de março francesa” fica no Montmartre, próxima
a estação Abbesses e da Barbès Rochechouart, só é
preciso tomar cuidado, pois o bairro é perigoso.
* Restaurantes: em geral são caros, mas quando for, sempre peça o prato do dia (plat du jour), porque os alimentos estão frescos e normalmente não tem os outros pratos do menu. Para beber, aconselho a pedir uma taça de vinho ou uma água da torneira, que é de graça. O refrigerante é caro e o suco costuma ter só os artificiais de laranja (muitos são amargos). Caso queira algo parecido com a nossa comida, aconselho a ir a um restaurante chinês, que além de mais barato, pode comprar por pratos. Dessa forma, tem a opção de escolher o que quer e às vezes tem promoções. Exemplo: 2 guarnições + 2 rolinhos primavera + sobremesa = 7 Euros. O legal é que pode pedir para viagem e ir comer em algum parque.
* Transporte público: Paris oferece diversas opções de transporte com qualidade. Há as opções de trem, metrô, bicicleta e ônibus. O metrô tem em todos os lugares e é muito prático, mas é bom pegar um mapa das linhas e itinerários na estação, pois pode ser um pouco confuso para quem não está acostumado. Ele possui 14 linhas e a linha 9, 1 e 2 sempre estão cheias. O ônibus é uma boa opção para ver os pontos turísticos, além de ser muito limpo, tem para todos os lugares e passa sempre. Nas estações há o mapa (vem no mapa o metrô, informações sobre o ônibus e o RER), porém tem que ter atenção na hora de comprar a passagem, porque a cidade é dividida em áreas e cada uma tem um preço. Deve-se comprar o bilhete adulto, que é mais caro. A outra opção é só para crianças ou estudantes. Também é necessário observar as paradas atentamente, pois cada uma corresponde a ônibus para locais diferentes. Tem também a opção dos ônibus de turismo, os quais passam por pontos turísticos. E tem os vélibs, que são bicicletas. Paga-se uma tarifa no terminal e pode utilizá-la durante 30 minutos, depois é só deixá-la nos lugares indicados. Porém, muitas vezes o local mais próximo para deixar a bicicleta já está lotado e deve-se procurar outro.
* Banco: para sacar ou trocar o dinheiro, a melhor opção é ir ao caixa dos bancos e sacar. Normalmente eles se localizam na parte externa da rua ou próximos aos correios. Lá é tudo na base do cartão de crédito e, para utilizá-lo, os atendentes pedem para assinar a nota fiscal.
* Segurança: recomendo se prevenir, evitando passar por alguns lugares que são perigosos: localizados no 17º, 16º e 18º arrondissements. Durante o meu intercâmbio, não tive muitas dificuldades, mas senti falta do jeito receptivo, do calor do povo brasileiro a que estou acostumada, pois os franceses são pessoas mais frias, dificilmente se entrosam, são extremamente pontuais e responsáveis, bem diferentes do povo brasileiro. Então, se você não conhece muita gente lá, acaba ficando um pouco só. Mas em nenhum momento pensei em desistir da experiência. Apesar de sentir falta do Brasil, sabia que era uma experiência única e logo iria acabar. Além de tudo, me encantei com a beleza das cidades.
Eu morei em um bairro muito bom de Paris, chamado de Boulogne Billancourt, na casa de um tio-avô paterno, e estudei na Aliança Francesa. Lá fiz algumas amizades, mas não mantive muito contato. No entanto, por ter família lá, me aproximei de muitas primas. Nas horas livres eu costumava ir a cafés, ao cinema, aos jardins e visitava pontos turísticos. O que mais me marcou foi observar a simplicidade com que os franceses levam a vida. Além disso, fui muito bem acolhida pelos residentes locais. As pessoas que conheci contribuíram para meu aprendizado. Todos com quem tive contato lá me ensinaram algo que vou levar comigo sempre.
Concluí
que esta experiência valeu muito a pena e modificou a forma como encaro as
coisas. Acredito que cresci como pessoa e amadureci com esta vivência, pois
gosto de conviver com diferentes culturas e tenho curiosidade em buscar novos
aprendizados. Esta viagem me possibilitou algumas lições. A mais importante foi
conhecer o novo e não ter medo disso, mas sempre pensando na minha segurança
pessoal. Também aprendi a ter paciência com os demais e não ter frescuras com o
que não conheço.
Após essa vivência, pude ter parâmetros para analisar meu próprio país, e na minha opinião o Brasil é um país incrível, mas precisa melhorar a infraestrutura e fornecer mais segurança aos turistas. Entretanto, há aspectos de que me orgulho, que são únicos do nosso povo, que é a alegria e a receptividade do brasileiro, mas poderíamos mudar a cultura de corrupção e do deixar para depois.
Após essa vivência, pude ter parâmetros para analisar meu próprio país, e na minha opinião o Brasil é um país incrível, mas precisa melhorar a infraestrutura e fornecer mais segurança aos turistas. Entretanto, há aspectos de que me orgulho, que são únicos do nosso povo, que é a alegria e a receptividade do brasileiro, mas poderíamos mudar a cultura de corrupção e do deixar para depois.
Para obter mais informações sobre Paris, escrevi um blog com várias curiosidades, que podem ser encontradas nos seguintes endereços:
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