segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Excursão para Disney

Carolina Andrade Soares, 16 anos.
Profissão: Estudante.
O que pretende: trabalhar na área de Biologia ou Biomedicina. 
País que conhece: Estados Unidos



   Ter tido a oportunidade de conhecer outro país foi maravilhoso. Foi uma vivência completamente diferente porque pude ver outros costumes, comidas e comportamento. Notei que os americanos, de modo geral, são pessoas mais frias, não são muito comunicativos. Esta foi a minha primeira experiência internacional que ocorreu no ano passado, em homenagem aos meus 15 anos. Viajei em uma excursão para a Disney, o que possibilitou a convivência com outros viajantes da minha idade. Foi maravilhoso e, claro, eu amei a Disney!

    Eu fui a todos os parques da Disney e também a alguns shoppings e Outlets de Miami e Orlando. Os parques, eu indico para ir a todos porque são ótimos. Tem um que eu gostei bastante que é o Sea World porque tem muitos animais e há um show maravilhoso de golfinhos e baleias, no qual eles fazem algumas atrações específicas. Tem também uma montanha russa que eu gostei muito, se chama Manta e ela simula o nado de uma arraia, é perfeito. A fila tem ar condicionado e tem alguns aquários com peixes passando, é incrível.    Além desses, gostei muito do Magic Kingdom porque à noite tem uma atração muito especial. Eles soltam vários fogos, tem um jogo de luzes com efeitos especiais sobre o castelo, tem o desfile das princesas, é bem encantado mesmo.

    Outra parque que eu amei foi o Parque da Universal porque é bem variado, tem a temática de muitos filmes e tudo faz com que as atrações se aproximem bastante da realidade, como se fosse um parque vivo de verdade. Tem simuladores 4 D. Eu gostei muito do simulador do Homem Aranha. Eu também gostei bastante do parque do Harry Potter, achei as atrações muito perfeitas porque eu amo Harry Potter. Eu me senti no castelo porque lá tudo é muito vivo. Tem o Chapéu Seletor que fala, os quadros todos se mexem dentro do castelo. Tem um lugar que as pessoas compram varinhas e elas são iguais as do filme. Tem o Livro Monstruoso dos Monstros, que faz barulho e tenta morder. Ele fica dentro de uma gaiola para não machucar ninguém. É um sonho! Hogsmeade tem as casinhas todas cobertas com “gelo”, que na verdade é gesso, mas fica bem parecido. Eu bebi Cerveja Amanteigada e é maravilhoso. Foi uma experiência incrível!

    O Epcot é um parque interessante também. Dizem que lá é a simulação do futuro, e havia uns lugares que continha refrigerante de diversos países. Tinha Fanta de maçã, que era da Costa Rica, havia coisas bem variadas. Por último, gostei bastante do Busch Garden, porque tem as melhores montanhas russas de todos os parques. É o parque das montanhas russas e tem uma que eu recomendo, é para quem gosta de adrenalina porque ela faz uma queda de 90 graus, é completamente divertida, mas dá medo. Tem outras montanhas russas que dão 9 loopings, é maravilhoso.

    Para compras, fui no Aventura Mall e alguns Outlets. Foi muito legal porque lá entregam um cartão que contém a quantidade de promoção e descontos que cada loja dá. Então, quando você já sabe quais lojas estão em promoção, vai direto lá. É realmente bem mais barato do que qualquer loja no Brasil, são preços absurdamente baratos e as roupas têm qualidade.

    A excursão que eu fui da Happy Tour ofereceu na programação duas festas noturnas. Uma era em homenagem aos aniversariantes de 15 anos para todos da excursão. Convidaram algumas princesas da Disney, a Bela e a Fera, o Mickey e a Minnie, entre outros personagens. Eles tiraram fotos, conversaram e dançaram com todos. Teve vários fogos na entrada e dentro do salão de festas teve boate. Também teve um jantar, os garçons passavam servindo as pessoas. Essa festa foi no Salão do Parque da Universal e uma coisa que eu achei interessante é que o Globo da Universal se abria formando uma flor e dentro, que seria o miolo, era repleto de luzes coloridas e fogos de artifício. O outro evento de que participei foi uma festa à fantasia no Hard Rock Café. Teve um jantar, o espaço é bastante agradável, tocou música e foi bem divertido.

    Entretanto, do que mais gostei na viagem foram os parques realmente. É uma sensação muito diferente das que nós temos aqui, porque nos parques do Brasil, nós vemos que eventualmente ocorrem acidentes, e lá a segurança é máxima. De 20 em 20 minutos eles param as montanhas russas e analisam cada uma das cadeiras, certificando-se que não há nenhum problema técnico. Entretanto, as idas ao shopping foram passeios encantadores, pois a sensação de percorrer lojas com promoções e comprar produtos de qualidade com um bom preço é ótima.

    Em relação à comida, notei que os habitantes comem muitos alimentos calóricos como hambúrguer, batata frita, muffin, cupcakes e refrigerantes. Percebi também que o tamanho das refeições é enorme, em comparação aos tamanhos do Brasil. Nos primeiros dias você pode até achar bom, mas depois que vai pegando o ritmo no dia a dia, chega ao ponto que não aguenta mais porque faltam vitaminas advindas de alimentos mais saudáveis, que lá não são tão acessíveis. Eu senti falta das frutas e verduras que temos facilmente aqui, como tomate, alface, brócolis e frutas naturais, além do sabor do tempero brasileiro, o que dificilmente é encontrado em restaurantes. O suco de laranja em praticamente todos os lugares é artificial, mas o mais comum de se encontrar é Coca-Cola.

    Um aspecto que faz parte da cultura americana, que percebi realmente, é a questão da alimentação desequilibrada. Por outro lado, constatei que os norte-americanos são muito honestos. Quando íamos comprar algo, não tínhamos paciência para contar o dinheiro porque formava uma fila enorme, então entregávamos todo o dinheiro que tínhamos na mão e eles devolviam o troco certinho.

    Não passei por situações que me trouxessem dificuldades pelo fato de ter ido com uma excursão, e os guias terem auxiliado bastante os passageiros. O único empecilho foi pedir as comidas em inglês nos restaurantes. Eu conseguia me virar com os pratos fechados. Nos restaurantes self-service, não éramos nós mesmos que nos servíamos, os atendentes colocavam as comidas em nosso prato e eu precisava ficar apontando o que queria. Quando fui comer na sorveteria Häagen-Dazs, eles não deram a colher e o sorvete já estava derretendo. Para lembrar o nome de colher foi complicado. E como eu ia escolher a casquinha e adivinhar o sabor de pistache? (Risos).

    Para comprar roupas foi tranquilo, porque não precisava se comunicar muito, mas tive dificuldade para entender os tamanhos de calçados lá, que é bem diferente do sistema do Brasil. Ou eu não entendia o valor dos produtos que ia comprar, porque alguns estavam com desconto e não sabia como calcular para entender o valor real. Outra dificuldade foi em relação às moedas, eles usam bastante e elas não são numeradas como no Brasil, o valor vem escrito. Na hora da pressa para pagar, é complicado ficar contando para dar o valor correto.

    Apesar de alguns contratempos, jamais pensei em desistir da experiência. Todos os dias tinha uma novidade e ficava ansiosa para saber o que viria no dia seguinte. É uma felicidade que não tem tamanho, é como se fosse um sonho. A cada passo que nós damos em direção à montanha russa, a ansiedade e a expectativa de ficar nas filas, todos estão muito eufóricos para ir aos brinquedos, é uma sensação incrível. As filas de lá não demoram muito porque os brinquedos possuem uma velocidade muito rápida e o parque tem uma ótima infraestrutura. Na entrada tem mapas de todos os brinquedos e você já localiza todos, você não se perde, é ótimo.

    O que mais me emocionou foi a magia dos parques, porque tudo é muito mágico. Os fogos de artifício, os teatros, os personagens, é tudo muito real. Há alguns dinossauros com efeitos tão bons que parecem muito reais. Tem um brinquedo com a temática do Piratas do Caribe, em que você entra em um barco e você vai navegando em um lago, o céu é um ambiente climatizado que dá a sensação de ser noite. É um lugar fechado, o teto tem estrelas, tem uma névoa no céu, trabalhadores feitos de cera com feições muito realistas, o detalhe dos olhos que brilham, movimento perfeitos, enfim, é um outro mundo. Então, o que realmente mais me emocionou foi o trabalho que eles tiveram de transformar a fantasia em realidade.

    Sem dúvidas, eu acredito que ter ido de excursão foi a melhor escolha que poderia ter feito porque pude conhecer pessoas novas e não enfrentei dificuldades sozinha, pois sempre tem alguém do seu lado precisando das mesmas coisas que você, mas um sempre vai ajudar o outro. Há muita parceria, os guias auxiliam bastante. Então, eu recomendo ir com uma excursão porque já tem o hotel certo, as passagens, os ingressos, a programação. Você não tem o trabalho de se planejar. Eu também recomendo que se você for a Disney com uma excursão em que haja na programação ida aos Shoppings e Outlets, que não leve muita coisa na bagagem. Eu levei e não precisei vestir quase nada do que tinha trazido porque era necessário usar o uniforme da excursão sempre. E como lá é muito bom para comprar roupa, é melhor ir com a mala o mais vazia possível, porque tudo é muito barato e de qualidade.

    Fiquei hospedada próxima ao parque, era em um hotel todo decorado com temas da Disney. Os quartos eram todos bem arrumados com lençóis dos personagens, os papéis de parede eram temáticos com os ambientes. Este hotel ficava em Orlando, mas não dentro dos parques da Disney. Então, nós acordávamos um pouco mais cedo, às 7 horas da manhã, para chegar ao parque às 8h. Em Miami, fiquei hospedada em outro hotel que ficava de frente com a praia e também tinha piscina.

    Fiz amizade com todos da minha turma na excursão, e o que achei mais incrível foi ter ido em uma excursão que saiu da Bahia e ter encontrado, por coincidência, uma menina que estudava na mesma escola que eu, e morava no mesmo bairro que eu em Brasília. Ela tinha uma vida muito parecida com a minha, pois seus primos e pai moravam em Salvador, assim como meu pai e outros parentes meus. Isso foi muito legal, e depois nós nos encontramos na escola e fizemos amizade. Os amigos que eu conheci lá foram muito legais, todos éramos unidos lá.

    A todo lugar que nós íamos parecia festa, porque havia fogos, e quanto mais próximo do fim da viagem, mais fogos havia nos ambiente que nós íamos. Dava muita tristeza, emocionava todos porque nós sabíamos que estava se aproximando o momento de ir embora. É muito difícil dar tchau tanto para os parques, quanto para as pessoas que nós conhecemos, os guias que nos acolhem tão bem, e eu não pude continuar mantendo o contato tão próximo com os amigos da viagem porque todos eram de Salvador, e eu não. Foi muito difícil, mas esta parte dos fogos realmente foi a que me encantou. Apesar de ser um momento de festa, parecia que era um momento como a passagem de um ano para o outro, como se tivéssemos que deixar tudo passar, para seguir a próxima etapa e ir embora.

    Eu acredito que essa experiência valeu a pena e mudou minha percepção em relação a alguns aspectos. Por exemplo, aprendi a valorizar mais o quanto a comida brasileira é boa, em comparação à culinária norte-americana. Eu notei que as pessoas são bem honestas e educadas. Não há assalto, violência. Mas, por outro lado, as pessoas são muito frias, cada um tem o seu espaço, é como se cada um vivesse dentro de um cubo que ninguém pode invadir sua privacidade. Lá você vê as pessoas bem afastadas, não vê ninguém de mãos dadas, em contato físico umas com as outras, são bastante reservados. Mas aparentam ser pessoas bem maduras devido ao fato de respeitarem o patrimônio da cidade, não jogarem lixo no chão, porque a população parece que já nasce voltada para preservar o ambiente que eles vivem desde cedo. Eles são muito patriotas.

    Eu gostei muito te ter este tipo de experiência de ir a outro país porque pude conhecer como é a realidade de outra cultura. Com isto, é possível se desprender do que consideramos normal e quebrar paradigmas, porque podemos ver as coisas de uma maneira mais ampla. Meus próximos planos é ir para a Austrália no futuro, porque amo animais e lá é um lugar muito bom para observá-los. Acredito que ainda vou viajar para a Europa. Madagascar, na África, também é uma opção. Eu tenho 16 anos, e acredito que não há idade para viajar e conhecer novas coisas. Qualquer momento de nossas vidas é propício para ver novos horizontes.

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